Num programa, Antonio Abujamra entrevistou um rapper brasiliense chamado G.O.G. Coloquei o vídeo na minha lista de vídeos do orkut, mas quem quiser o link aí vai: http://www.youtube.com/watch?v=ndLVc5fQaI4
E, lamento o fato desse rapper contestar o conhecimento, numa atitude de que, sou da periferia, nós somos excluídos e lá a coisa é diferente e tal... O que posso dizer: não é assim, existe exclusão, existe opressão, mas sustentar esse discurso sempre é retroceder. Abujamra diz:
Não somos nada perto da literatura, que ela é muito maior. E afirmo: sim é verdade. Podemos ler o que quisermos, acharmos a leitura de Machado de Assis complicada, nos familiarizarmos com Paulo Coelho, Augusto Cury, o que for, mas menosprezar os grandes autores, suas palavras, isso para mim não é válido. Ler os grandes autores, respeitá-los não e sinal de unanimidade ou discurso de uma minoria elitizada. É cultura. E para quem quer, a cultura e conhecimento está diante dos olhos. Vá a uma biblioteca pública, exposições, eventos. Há muitos bons e de graça nas cidades. Chega desse discurso vazio de opressor e oprimido. Isso sempre existiu e vai perpetuar. Pense que na condição de oprimido ou vitimizado, você pode levantar a cabeça e ir atrás de seus ideais e conquistá-los. E quem consegue é quem lê, quem almeja, quem sai da lama e enxerga o mundo como é, sem a ilusão da utopia.
Foi um desabafo é claro, mas estou cheia de tantas bobagens ditas por aí, tantos que têm voz e não aproveitam a oportunidade.
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