31/07/2008

Ainda sobre o amor...




"O vento do meu espírito
soprou sobre a vida.
E tudo que era efêmero
se desfez.

E ficaste só tu, que és eterno".

Cecília Meireles




O tempo é aliado ao amor. Nele, o amor se fortifica, intensifica e se torna pleno. E a paixão é como chama efêmera, tem sua validade, seus dias contados. Amo sim, mas alimento a paixão, isso é importante. Ter surpresas, calafrios, sorrisos inesperados são ingredientes para incrementar esse "amor com paixão".


Para o grande amor de minha vida, meu porto seguro, Ricardo Freitas. Wo ai ni


27/07/2008

Sonhei com esta música que quando dessa passagem de criança para adolescente cantarolava sem parar... Mas mesmo cantarolando estava atenta à letra (bem sempre estive atenta às palavras), que sempre foi muito tocante para mim. Hoje, numa cidade tão cruel e encantadora como São Paulo, impossível não lembrar da música e por triste fim saber que o que cantarolava há mais de quinze anos atrás ainda é uma triste e dolorosa realidade.

Um beijo carinhoso e muito especial a minha amiga Eiko que escutou algumas vezes essa música comigo.

Um domingo sem tristeza e melancolia, flores pelo caminho.
Beijos.


Jornais
Composição: Thedy Corrêa

Quantos filhos esperaram a chegada de seus pais
Tantos deles não vieram Não chegaram nunca
A calçada não é casa, não é lar Não é nada
Nada mais do que um caminho que se passa
Tão estranho pra quem fica... pra quem fica
As palavras no asfalto, nessa vida são tão duras
O carinho não consola mas apenas alivia
A calçada não é cama Não é berço Não é nada
Nada mais nos faz humanos sem afeto
E o medo é um abraço tão distante de quem fica
Onde vai?
Nós estamos de passagem
Onde vai?
Onde a rua nos abriga
Onde vai?
Estamos sempre de partida
Onde vai?
Onde a rua nos abriga desse frio
As pessoas que se enrolam nos jornais não são mais notícia
Elas não esperam de um papel de duas cores mais que um pouco de calor
A calçada não é pai Não é mãe Não é nada
Nada mais do que um abrigo, um refúgio
Tão estranho pra quem passa... Pra quem passa

25/07/2008


Como os santuários e os outros locais de encontro sagrados, as livrarias são essenciais à natureza humana. A sensação de um livro retirado de uma prateleira e seguro com a mão é uma experiência mágica, que une o escritor ao leitor. Um lugar que seja aconchegante, acompanhado de um bom café, oferecendo prazer e sabedoria na companhia de outros que compratilham do mesmo interesse, onde o livro que se procura sempre pode ser encontrado e as surpresas e tentações saltam de todas as prateleiras.
Nada substitui o prazer de ler.
Um fim de semana de muita leitura e descobertas a todos. Beijos

23/07/2008

Um pouco de revolta...

Num programa, Antonio Abujamra entrevistou um rapper brasiliense chamado G.O.G. Coloquei o vídeo na minha lista de vídeos do orkut, mas quem quiser o link aí vai: http://www.youtube.com/watch?v=ndLVc5fQaI4

E, lamento o fato desse rapper contestar o conhecimento, numa atitude de que, sou da periferia, nós somos excluídos e lá a coisa é diferente e tal... O que posso dizer: não é assim, existe exclusão, existe opressão, mas sustentar esse discurso sempre é retroceder. Abujamra diz:
Não somos nada perto da literatura, que ela é muito maior. E afirmo: sim é verdade. Podemos ler o que quisermos, acharmos a leitura de Machado de Assis complicada, nos familiarizarmos com Paulo Coelho, Augusto Cury, o que for, mas menosprezar os grandes autores, suas palavras, isso para mim não é válido. Ler os grandes autores, respeitá-los não e sinal de unanimidade ou discurso de uma minoria elitizada. É cultura. E para quem quer, a cultura e conhecimento está diante dos olhos. Vá a uma biblioteca pública, exposições, eventos. Há muitos bons e de graça nas cidades. Chega desse discurso vazio de opressor e oprimido. Isso sempre existiu e vai perpetuar. Pense que na condição de oprimido ou vitimizado, você pode levantar a cabeça e ir atrás de seus ideais e conquistá-los. E quem consegue é quem lê, quem almeja, quem sai da lama e enxerga o mundo como é, sem a ilusão da utopia.

Foi um desabafo é claro, mas estou cheia de tantas bobagens ditas por aí, tantos que têm voz e não aproveitam a oportunidade.

Sobre o veneno de Komodo


O maior veneno existente nas pessoas é a indiferença. Ela corrói vasos, artérias, deixa duro o coração de quem a sente e o transforma em insensível. Vivendo numa cidade como São Paulo é impossível não sentir-se indiferente um momento que seja. Indiferença pelos problemas dos que convivem com você, pelas pessoas que anseiam por uma mão amiga, pelas crianças, homens, mulheres que vagam pelas ruas cruéis da cidade. Mas se ainda resta um pouco de lucidez, sensibilidade e otimismo, a indiferença deixa de ser estagnada e passa a ser ação. Não vivemos sobre a indiferença, sobre o veneno de Komodo, pois assim morremos aos poucos.

22/07/2008

A cosntrução do amor


Difícil caminhar sozinho estando junto de alguém. Impossível olhar no horizonte e não se ver ao lado de quem se ama. Compartilhar idéias, choros, alegrias, decepções, inseguranças e ainda assim amar sem limites, como se no mundo só existissem vocês dois. Dedicar-se sem esquecer de você mesmo, pois o amor é divisão e não submissão ou renúncia. Renunciar a si mesmo em função do outro não é prova de amor. Estamos sempre aprendendo com os erros e descobrindo uma nova faceta do amor a cada dia. Hoje, podendo estar ao lado todos os dias daquele que faz meu coração palpitar, vejo que não é tão simples assim essa construção.
Não basta dizer eu te amo, mas sim, aceitar o outro, sua individualidade, seus defeitos, suas virtudes e amá-lo. Não é uma receita simples, onde junta-se tudo e "vous a là", como num passe de mágica estamos amando e será perfeito e eterno. Eu amo e a cada dia cresço mais com esse amor. E sei que se olharmos juntos para o horizonte nos veremos e se continuarmos a crescer juntos, seremos mais fortes e mais unidos. Assim posso dizer: Eu te amo Ricardo Freitas.