A função da literatura está ligada à complexidade de sua natureza, que explica inclusive o seu papel contraditório mas humanizador (talvez humanizador porque contraditório). Analisando-a, podemos distinguir pelo menos três faces: ela é uma construção de objetos autônomos como estrutura e significado; ela é uma forma de expressão, isto é, manifesta emoções e a visão de mundo dos indivíduos e dos grupos; ela é uma forma de conhecimento, inclusive como incorporação difusa e inconsciente.
(...)
Uma sociedade justa pressupõe o respeito dos direitos humanos, e a fruição da arte e da literatura em todas as modalidades e em todos os níveis é um direito inalienável"

Antonio Candido, "O direito à literatura"

Ode ao amor...

Nada é melhor do que amar e sentir-me amada. Mas para que o amor invada nosso coração, alma e torne-se pleno é preciso abrir mão do egoísmo, saber que você é importante para o outro e ele para você e cuidar um do outro. Porque quando se ama, quer uma vida inteira juntos.

Coisas simples como perguntar como foi o dia, acordar mais cedo e preparar o café, esperar seu amor para almoçarem ou quem sabe jantarem juntos... todo esse carinho, esse cuidado, só tem uma palavra AMOR.

Acreditem ou não, mas nunca fui fã dessas mulheres "ultramodernas", "ultraindependentes", ( as feministas que me desculpem), mas sigo os conselhos de minha avó: Uma mulher tem que ser boa em sua profissão, boa esposa, boa mãe e nunca esquecer de si mesma.

Claro que tenho meus tropeços e escorregadas, mas adoro encher meu amor de carinho, de mimos, de dizer mil vezes ao dia que ele é lindo, que ele é meu bebê. Coisa de início de namoro? Que nada, são quase seis anos juntos e cada vez que ele me beija fico sem fôlego, cada sorriso, cada cara feia, cada gesto são acrescentados a esse amor.

Que esse amor seja eterno enquanto dure. Te amo apaixonadamente e em todos os dias de minha vida.

sua sempre Kilin.

Linha de Passe: belíssimo filme nacional

Assisti esta semana o novo filme de Walter Salles e Daniela Thomas, Linha de Passe. Belíssimo, forte, vigoroso e sem cair na dicotomia pobre x marginalidade tão presente em muitas produções nacionais.

O filme retrata a vida de uma família na periferia da cidade de São Paulo. Uma família composta por uma mãe grávida aos 42 anos e seus quatro filhos. Cada qual com seus conflitos, buscando sobreviver no dia-a-dia de uma cidade caótica e por vezes cruel como São Paulo.

Sem levar em conta que o filme foi premiado em Cannes, o que foi extremamente coerente, Linha de Passe abarca de emoção os espectadores que o assistem.

Recomendo, um dos melhores filmes nacionais que assisti.

Fausto, de Goethe

Difícil acreditar que muitas pessoas se vendem pela vaidade, poder, ganância e ainda dormem recostados num belíssimo sofá, no "sono dos justos".

Encontraremos por nossas vidas muitos pobres Faustos que vendem sua alma e liberdade pelo aprisionamento do bem material.

Eu particularmente adoro esse texto de Goethe e adoro o nome Fausto que do latim significa: alegre, feliz. Talvez tenha sido mesmo feliz Fausto antes de trair a si mesmo em nome da vaidade e promover seu próprio sepulcro.

Um trecho de Fausto de Goethe:

"Eu sou Mephistópheles.

Mephistópheles, é o diabo. E todos vocês são Faustos.

Faustos, os que vendem a alma ao diabo.

Tudo é vaidade neste mundo vão, tudo é tristeza, é pop, é nada.

Quem acredita em sonhos é porque já tem a alma morta. O mal da vida cabe entre nossos braços e abraços.

Mas eu não sou o que vocês pensam. Eu não sou exatamente o que as Igrejas pensam. As Igrejas abominam-me.

Deus me criou para que eu o imitasse de noite. Ele é o Sol, eu sou a Lua. A minha luz paira sobre tudo que é fútil: margens de rios, pântanos, sombras.Quantas vezes vocês viram passar uma figura velada, rápida, figura que lhe darei toda felicidade. Figura que te beijaria indefinidamente. Era eu. Sou eu. Eu sou aquele que sempre procuraste e nunca poderá achar.

Os problemas que atormentam os Deuses. Quantas vezes Deus me disse: Ai de mim, ai de mim. Quem sou eu? Quantas vezes Deus me disse: Meu irmão, eu não sei quem eu sou.

Senhores, venham até mim, venham até mim, venham. Eu os deixarei em rodopios fascinantes, vivos nos castelos e nas trevas, e nas trevas vocês verão todo o esplendor.De que adianta vocês viverem em casa como vocês vivem? De que adianta pagar as contas no fim do mês religiosamente, as contas de luz, gás, telefone, condomínio, IPTU? Todos vocês são Faustos. Venham, eu os arrastarei por uma vida bem selvagem através de uma rasa e vã mediocridade, que é o que vocês merecem. As suas bem humanas insaciabilidade, terão lábios, manjares, bebidas. É difícil encontrar quem não queira vender sua alma ao diabo".

As últimas palavras de Goethe ao morrer foram: Luz, luz, mais luz!!

Sobre o autor: Johann Wolfgang von Goethe (1749 - 1832), nasceu em Frankfurt. Grande poeta e pensador alemão. Sua vasta obra abrange peças dramáticas, romances, contos, poesias líricas, cartas e descrições de viagem. Obras como: Fausto, Afinidades Eletivas e Ifigênia

A voz melodiosa, forte e única de Monica Salmaso. Adoro essa canção interpretada magistralmente por ela.


TRAMPOLIM
(José Miguel Wisnik / Ronaldo Bastos)

Põe os pés no chão e toca o ar trampolim
Bate no tambor de onde vens
Só de ser quem és inventa o amor
Só de ser quem és inventa o amor
Sem dizer palavra
Pobre coração mergulhador, ai de mim
Beira de que mar eu ancorei
Se for pedir perdão, já perdoei
Se for pedir perdão, já perdoei
Pode se alegrar


E experimentem perdoar... não há sensação melhor no mundo.

Beijos e boa semana.